
Algodão
Algodão orgânico, a matéria-prima do futuro?
O algodão orgânico que usamos na VEJA é cultivado por associações de agricultores no Brasil e no Peru que o colhem com respeito às pessoas e ao meio ambiente.

NOVA HIGH TOP foi lançado em janeiro de 2020 com lona e forro feitos inteiramente de algodão agroecológico e orgânico, respeitando os princípios do comércio justo.
© Studio VEJA
A VEJA compra algodão orgânico diretamente dos produtores, respeitando os princípios do comércio justo. O algodão é tecido e utilizado nos cadarços e cabedais de lona em muitos dos modelos.
Mais de 1.052 toneladas de algodão orgânico foram compradas de 2004 até o final de 2021.
Desde o lançamento do projeto VEJA em 2004, compramos mais de 1.052 toneladas de algodão orgânico e de comércio justo diretamente de associações de produtores em diferentes regiões do Brasil e da costa peruana.
Localização GPS dos produtores de algodão - Ver em ecrã total
Produção de algodão orgânico VEJA

As secas são frequentes no Brasil. Entre 2012 e 2017, o nordeste do Brasil sofreu a maior seca de sua história. No nordeste do Brasil, há 60% de chance de seca a cada estação. Em 2021, usamos 40% algodão do Brasil e 60% do Peru devido a outra seca.
Em 2021, compramos mais de 410 toneladas de algodão produzido por aproximadamente 950 famílias sediadas em mais de 60 municípios no Brasil e Peru. A VEJA paga adiantado até 50% de suas compras de algodão para as associações.

Algodão orgânico durante a colheita
© Charlotte Lapalus
Algodão orgânico comprado pela VEJA
(kg por ano)

Evolução do preço do algodão orgânico
(R$/kg por ano)




O que diferencia a VEJA é trabalhar diretamente com produtores de algodão orgânico e comprar seu algodão a um preço não correlacionado com o mercado.
A ADEC (Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural de Tauá) é uma de nossas associações de produtores com a qual trabalhamos há mais de 18 anos na região Nordeste do Brasil.
Trabalhando diretamente
com produtores no Brasil
O preço do algodão é previamente acordado com as famílias. Dessa forma, os agricultores da ADEC já sabem quanto vão ganhar por quilo.
Fechamos um contrato de 2 anos no início do ano, garantindo que compraremos o algodão deles. A partir daí, definimos o preço no início de cada ano.
Este preço cobre os custos de produção do algodão agroecológico e permite que os produtores obtenham uma renda decente. VEJA paga adiantado 50% da colheita para apoiar as comunidades.
Mesmo com a pandemia do COVID19, garantimos às famílias que seguiremos adquirindo a colheita firmada no contrato.

Algodão orgânico estocado na ADEC
© Charlotte Lapalus
Lidar diretamente com a ADEC nos permite eliminar o intermediário e, assim, aumentar a renda do produtor.
Este ano a VEJA está pagando R$ 24,77 por quilo de algodão, quase 50% a mais que o preço de mercado.
Em 2021, pagávamos R$ 18,72 por quilo de algodão e, em 2020, pagávamos R$ 17,94 por quilo. O preço do algodão orgânico é previamente acordado com os produtores. A VEJA estabelece um contrato de dois anos garantindo a compra do seu algodão orgânico a um preço fixo, o que lhes permite ter visibilidade em 2 ou 3 safras, o que é um dos problemas da agricultura mundial.
Quando um produtor planta uma semente de algodão, ele não sabe quanto vai vender o quilo de algodão dessa semente.
Esses preços incluem um bônus para ajudá-los a implementar práticas mais agroecológicas e regenerativas.
As certificações do nosso
algodão orgânico
Todo o algodão utilizado pela VEJA é certificado. O algodão produzido no Peru é certificado como orgânico de acordo com os padrões europeus e americanos, além da certificação GOTS.
O algodão produzido no Brasil faz parte do sistema participativo de garantia: um método aprovado pelo governo no qual pequenos produtores se certificam.

Pedro Jorge
Fundador da Esplar, pioneiro da agroecologia no Brasil desde a década de 1970.
© Cédric Amiot
Para melhorar nosso impacto social e ambiental, a VEJA trabalha com ONGs que prestam apoio aos produtores de algodão.
ESPLAR é uma ONG brasileira fundada em 1974 com sede em Fortaleza, Estado do Ceará.
Os engenheiros agrônomos da ESPLAR fornecem suporte técnico aos produtores de algodão orgânico e os aconselham no campo para ajudá-los a adotar a agroecologia e proteger suas colheitas.
Ao introduzir árvores de nim, por exemplo, eles criaram uma proteção natural para as plantas de algodão. O óleo extraído dos frutos do nim fornece um repelente natural contra insetos que atacam o algodão.
A Diaconia é uma ONG brasileira fundada em 1967. A Diaconia trabalha em diversas áreas urbanas e rurais para melhorar as condições sociais e ecológicas do país. Eles dão suporte técnico às associações, visitando as fazendas e orientando-as sobre preços e métodos de cultivo de algodão orgânico.

Algodão orgânico durante a colheita
© Charlotte Lapalus

Quando VEJA compra algodão, eles normalmente
o entregam na forma de grandes fardos.

Quando VEJA compra algodão, eles normalmente o entregam na forma de grandes fardos.
Em seguida, o algodão é enviado para
uma fábrica brasileira para tecelagem.

Esplar Canvas White California
© Studio VEJA
O algodão comprado pela VEJA é orgânico, mas os corantes usados para a tela não são. No entanto, a VEJA utiliza corantes convencionais que atendem às normas de segurança.

PERU

Algodão biológico durante a colheita
Peru, 2018
© Arthur Wollenweber
Desde 2017 trabalhamos com os agricultores de Bergman Rivera localizados na região de Chincha, Peru.
A Bergman Rivera começou em 1986 como uma empresa pioneira na agricultura orgânica. Hoje, eles trabalham com mais de 200 famílias, cultivando algodão orgânico graças à água que vem das montanhas andinas.
A província de Chincha fornece algodão com um impacto ambiental mínimo, pois é colhido a dedo e não usa fertilizantes químicos ou pesticidas tóxicos.
O algodão do Peru é certificado GOTS, o que garante sua rastreabilidade. Também é certificado orgânico de acordo com os padrões americanos e europeus.
Por que usar
algodão orgânico?
VEJA usa algodão orgânico de comércio justo, já que a maior parte do algodão produzido anualmente no mundo vem de monoculturas intensivas.
Devido ao uso pesado de práticas de irrigação e grandes quantidades de poluentes, o impacto ambiental desse tipo de agricultura industrial é desastroso.

Paisagem cearense, 2016
Ceará
© Ludovic Carème
O que é agricultura regenerativa?
O principal objetivo da agricultura regenerativa é melhorar o solo e a paisagem natural.
Essas práticas são baseadas em métodos tradicionais que aumentam a biodiversidade, sequestram carbono no solo e otimizam o ciclo da água. Eles são semelhantes aos da agroecologia: ambos ajudam a preservar o solo e o tornam mais fértil.
O algodão é orgânico, mas a forma como é cultivado vai ainda mais longe.
Ao contrário das fazendas de algodão intensivas, o algodão agroecológico é colhido no mesmo campo das culturas de subsistência, sem fertilizantes químicos ou pesticidas.
O algodão é cultivado com milho, gergelim, arroz, feijão, abóbora e outras culturas. Cada cultura traz diferentes insumos naturais para o solo, o que o enriquece.

Maria Valdenira Rodrigues
Engenheira Agrônoma VEJA
2018
© Charlotte Lapalus

Maria Valdenira Rodrigues
Engenheira Agrônoma VEJA
2018
© Charlotte Lapalus
Maria Valdenira nasceu em uma pequena vila a 180 km de Fortaleza. A filha de dois fazendeiros com meios limitados (seu pai não sabia ler nem escrever). Ela descobriu a agroecologia aos 27 anos durante seus estudos de agronomia.
Em 2007, durante a primeira feira de algodão orgânico do Nordeste do Brasil, ela conheceu Ghislain e Sébastien que um ano depois pediram a ela para supervisionar a certificação "algodão orgânico" de seu algodão.
Hoje, Val tem sua própria equipe que a ajuda a apoiar cerca de 950 famílias de produtores de algodão orgânico no Brasil e no Peru.








Diário de Campo
Ceará, 2016
Este diário foi escrito pelos próprios cotonicultores. Nele, eles anotam sua atividade diária, bem como os diferentes sistemas de multicultivo que utilizam para certificar seu algodão como orgânico e agroecológico.